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Psicólogo vs. Terapeuta na Busca pela Saúde Mental

Ao decidir entre um psicólogo e um terapeuta para tratar a saúde mental, é fundamental compreender a diferença e apreciar a formação científica que um psicólogo incorpora ao processo psicoterapêutico.

Ambos desempenham papéis importantes, mas a jornada acadêmica de um psicólogo abrange cinco anos de estudo em disciplinas como psicopatologia, neuroanatomia, bases fisiológicas, psicodiagnóstico, epistemologia e semiologia clínica, entre diversas outras específicas em diagnóstico psicoclínico e saúde.

Essa formação enriquece a prática com uma base científica robusta, gera ao psicólogo uma compreensão profunda dos aspectos neurobiológicos, psicológicos e clínicos da saúde mental, proporcionando ao profissional a capacidade técnica de avaliar potenciais riscos à saúde mental do paciente.

No âmbito da graduação em psicologia, é relevante destacar que o processo formativo não se limita apenas à teoria. Durante a formação, os psicólogos passam por vários estágios clínicos obrigatórios, nos quais aplicam os conhecimentos adquiridos em ambientes reais de atendimento.

Esses estágios são conduzidos sob a supervisão constante de professores supervisores, garantindo uma prática clínica ética e segura desde os estágios iniciais. Em média os cursos de graduação em Psicologia, exigem de 2 a 3 anos de estágio obrigatório durante o curso, (que dura em média 5 a 6 anos), além de exigir mais de 100 horas em cursos complementares a graduação e relacionados a saúde.

Os cursos para terapeutas não são considerados cursos de graduação, portanto, frequentemente têm duração mais curta, muitas vezes limitados a alguns meses, refletindo uma abordagem mais breve na formação. Para se intitular “terapeuta”, não se faz necessário a graduação em Psicologia.

Para se intitular Psicólogo, deve-se ter a graduação em Psicologia completa e estar vinculado ao Conselho Federal de Psicologia, que orienta e fiscaliza a atuação profissional do Psicólogo, assim como, o Conselho Federal de Medicina faz com os Médicos, por exemplo.

Essa diferença destaca não apenas a profundidade do conhecimento, mas também o comprometimento temporal e técnico associado a cada profissão. Além disso, é relevante notar que, alguns terapeutas sem a formação em Psicologia, baseiam-se em abordagens associadas a pseudociências, enquanto os psicólogos têm uma formação sólida ancorada em práticas científicas reconhecidas.

O conhecimento pleno sobre patologias permite aos psicólogos uma assertividade no diagnóstico, aspecto crucial para direcionar o tratamento de forma eficaz e sem riscos. A falta de conhecimento técnico dos terapeutas em diferenciar uma psicopatologia da outra, reconhecer sintomas e conhecer o manejo clínico, pode agravar o estado mental do paciente, destacando a importância de reconhecer que doenças mentais requerem especialistas com anos de estudo em cursos regulamentados, fiscalizados e regulados por conselhos de classe.

Optar por um psicólogo reflete não apenas o investimento em uma jornada acadêmica substancial, mas também oferece uma camada adicional de segurança, assegurando que o profissional atue em conformidade com padrões éticos e normas que regem a prática da clínica psicológica para tratar uma psicopatologia.

Em última análise, se você fraturar a perna, procuraria um médico ou um terapeuta?

Da mesma forma, ao tratar da saúde mental, optar por um psicólogo é a escolha sensata para garantir uma abordagem fundamentada, científica e especializada no tratamento de psicopatologias.

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